quarta-feira, 14 de março de 2012

Competências e Habilidades para realizar a redação do ENEM

http://vestibular.uol.com.br/ultnot/2007/08/16/ult798u19996.jhtm
16/08/2007 - 09h00
Aluno deve conhecer competências do Enem para fazer boa prova
Nilma Guimarães*
Especial para a Página 3 Pedagogia & Comunicação
O Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) é um poderoso instrumento de auto-avaliação - desde que sejam devidamente compreendidas as habilidades e competências por ele definidas como necessárias àqueles que freqüentaram a escola por 11 anos ou mais. O Enem permite aos que concluíram ou estão para concluir o ensino médio identificar aquelas competências que já dominam e aquelas que ainda precisam desenvolver melhor.

Assim, o intuito aqui é auxiliá-lo nessa tarefa muitas vezes complicada de entender, mais especificamente, ao que se refere a prova de redação do Enem, a fim de melhorar ainda mais seu desempenho.

A importância da prova de redação encontra-se no fato de ela corresponder à metade do valor total da média final do exame e de não somente a escola, mas também a sociedade, de modo geral, exigir sujeitos cada vez mais capazes de produzir textos escritos de modo objetivo e coerente.

Situação-problema
O Enem exige que o candidato redija um texto do tipo dissertativo-argumentativo, cujo tema se relacione a questões sociais, políticas, culturais e/ou científicas, a partir de uma situação-problema. É automaticamente desconsiderada para correção pela banca avaliadora a redação que se afastar do tema proposto ou for de encontro aos direitos humanos e à cidadania.

São cinco as competências avaliadas na prova de redação, conforme se verifica a seguir. Para você compreender melhor qual o significado dessa matriz de competências, procuramos explicar, de maneira mais clara, cada um dos itens que a compõem. São elas:

1. Demonstrar domínio da norma culta da língua escrita
Você não precisa escrever como Machado de Assis ou Gilberto Dimenstein! Porém, é necessário demonstrar um conhecimento mínimo de regras básicas de escrita na nossa língua, supostamente aprendidas em 11 anos ou mais de escolaridade.

Por exemplo, atentar para a pontuação é essencial, pois uma vírgula ou ponto final no lugar errado pode comprometer o sentido do seu texto e dificultar a compreensão por parte do leitor (no caso, o avaliador da banca de correção). Além do sentido, é importante lembrar que o respeito às normas gramáticas, ainda que não seja o requisito mais importante na construção do sentido do texto, demonstra algum grau de conhecimento a respeito da língua e isso pode contar a seu favor.

2. Compreender a proposta de redação e aplicar conceitos das várias áreas de conhecimento para desenvolver o tema, dentro dos limites estruturais do texto dissertativo-argumentativo
A compreensão da proposta de redação já é o primeiro passo para que você possa se sair bem na prova, uma vez que o desenvolvimento do tema apresentado torna-se muito mais tranqüilo e não há o risco de seu texto ser desconsiderado pela banca de correção. Além de disso é preciso lembrar de que se trata de um texto em prosa (ou seja, você não pode escrever um poema), do tipo dissertativo-argumentativo, o que significa adotar um posicionamento crítico e reflexivo diante de determinada questão ou expressar sua opinião de modo claro e coerente.

Para isso, é essencial valer-se de seu conhecimento de mundo, uma vez que se torna muito mais difícil elaborar um texto sobre algo que você nunca ouviu falar. Daí a importância da leitura de textos diversificados, sobretudo os jornalísticos, para que você tenha o que dizer em sua redação.

3. Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista
Não basta apresentar dados e informações ou mesmo expressar sua opinião ou expor argumentos se você não for capaz de selecionar, dentre estes, aqueles que de fato apresentam pertinência com o tema proposto.

Ademais, além de uma seleção criteriosa de dados, informações e argumentos, é primordial saber organizar as idéias a partir deles e apresentar a sua interpretação para a situação-problema em questão, estabelecendo relações lógicas e coerentes e fazendo a sua leitura da realidade, a fim de demonstrar seu ponto de vista em relação ao tema proposto.

4. Demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação
Além da seleção adequada dos argumentos, conforme ressaltado no item anterior, faz-se necessário organizá-los no texto de modo lógico e coerente. Para isso, é fundamental utilizar os chamados elementos de coesão textual e/ou os organizadores argumentativos, como, por exemplo, advérbios, locuções adverbiais e conjunções, estabelecendo relações adequadas entre termos e também entre os parágrafos, sobretudo no desenvolvimento do texto, a fim de que o sentido seja construído de maneira clara e objetiva.

É preciso, ainda, saber utilizar um repertório linguístico ou vocabular adequado ao tema e aos objetivos do texto. Isso não significa, em hipótese alguma, valer-se, de maneira desenfreada, de termos e/ou expressões considerados mais rebuscados ou eruditos a fim de impressionar a banca de correção.

Lembre-se de que os membros dessa banca são professores de português e já estão bastante acostumados às táticas e "truques" dos candidatos. De nada adianta valer-se desse tipo de artifício para impressioná-los. Assim, é fácil perceber que o vocabulário escolhido deve ser simples e direto e atender aos objetivos do texto.

5. Elaborar proposta de solução para o problema abordado, mostrando respeito aos valores humanos e considerando a diversidade sociocultural
Partindo-se de uma proposta de redação que apresenta uma situação-problema, é possível concluir que toda a construção da argumentação deve ter como objetivo a apresentação de possíveis soluções para a questão levantada. A solução, ou soluções, porém, deve resultar de uma relação lógica e coerente com os argumentos, opiniões, informações e dados apresentados no desenvolvimento.

Ademais, embora seja muito difícil que isso ocorra - até porque muitas formas de preconceitos e/ou desrespeito aos valores humanos recebem hoje algum tipo de sanção legal -, é aconselhável cautela diante de seu posicionamento a respeito de determinadas questões consideradas o "tendão de Aquiles" das sociedades contemporâneas. Por exemplo, o preconceito racial, social e/ou religioso, a prática de tortura ou a apologia à violência de qualquer espécie.

A razão é óbvia: idias e/ou concepções retrógradas e pouco ortodoxas acerca desses temas vão contra as muitas conquistas, sociais, políticas e culturais sedimentadas depois de décadas ou até mesmo séculos de luta por justiça social e respeito à integridade humana.

Esperamos que esse breve esclarecimento sobre as competências avaliadas na prova de redação do Enem lhe permita, a partir de agora, perceber melhor aquelas cujo desempenho já se encontra satisfatório ou muito bom e aquelas que ainda merecem mais atenção e mais dedicação da sua parte.

* Nilma Guimarães é formada em letras clássicas e vernáculas pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP. Cursa o mestrado em educação pela Faculdade de Educação da USP, na área de metodologia do ensino de língua portuguesa.

http://www.historiadigital.org/2009/05/competencias-e-habilidades-exigidas-no.html



Tem muita coisa sendo escrita sobre o novo Enem. Pelo que tenho visto, uma grande quantidade de blogs está fornecendo links com a matriz de referência da prova.Ocorre que a maioria esmagadora apenas fornece o link, sem explicar ao leitor a relevância da informação.

O Prof_Michel faz diferente! Fornece o link e introduz o leitor nos meandros das mudanças propostas pelo MEC. É o mínimo que o leitor pode receber pela credibilidade de visitar este blog.

>>> Não deixe de conferir:
Tudo sobre o Novo Enem

Vou postar agora as Competências e Habilidades exigidas pelo Enem, na área das Ciências Humanas.

Uma breve introdução

Mas o que são Competências e Habilidades?

As Competências e Habilidades foram inseridas nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN's), em 1997, cuja proposta é propiciar subsídios à elaboração e reelaboração do currículo, apresentando idéias do "que se quer ensinar", "como se quer ensinar" e "para que se quer ensinar".

Sobre o termo, no site Centro de Referência Educacional, encontrei uma definição do professor Vasco Moretto. Segundo ele,


"As habilidades estão associadas ao saber fazer: ação física ou mental que indica a capacidade adquirida. Assim, identificar variáveis, compreender fenômenos, relacionar informações, analisar situações-problema, sintetizar, julgar, correlacionar e manipular são exemplos de habilidades. Já as competências são um conjunto de habilidades harmonicamente desenvolvidas e que caracterizam por exemplo uma função/profissão específica: ser arquiteto, médico ou professor de química. As habilidades devem ser desenvolvidas na busca das competências."
Assim, o aluno deve desenvolver um conjunto de habilidades para alcançar a competência proposta. E isto está fundamentado em um processo de ensino-aprendizagem que prima não pela decoreba de fatos e datas, mas sim pelo raciocínio e contextualização. Tomara que funcione...

Matriz de Referência de Ciências Humanas e suas Tecnologias

O MEC estabele a divisão da área de Ciências Humanas em seis competências, com cinco habilidades cada uma, totalizando trinta itens (socorroo!!!).

Vale ressaltar que Ciências Humanas é a única área que não estabelece uma diferenciação de disciplinas, interligando História, Geografia, Atualidades, Filosofia e Sociologia em um único eixo de aprendizado.

Vamos aos itens (o "H" significa Habilidade). Obs.: As habilidades com links direcionam para questões que cobram estas respectivas habilidades. Moleza ;)


Competência de área 1 - Compreender os elementos culturais que constituem as identidades

H1 - Interpretar historicamente e/ou geograficamente fontes documentais acerca de aspectos da cultura.
H2 - Analisar a produção da memória pelas sociedades humanas.
H3 - Associar as manifestações culturais do presente aos seus processos históricos.
H4 - Comparar pontos de vista expressos em diferentes fontes sobre determinado aspecto da cultura.
H5 - Identificar as manifestações ou representações da diversidade do patrimônio cultural e artístico em diferentes sociedades.

Competência de área 2 - Compreender as transformações dos espaços geográficos como produto das relações socioeconômicas e culturais de poder.

H6 - Interpretar diferentes representações gráficas e cartográficas dos espaços geográficos.
H7 - Identificar os significados histórico-geográficos das relações de poder entre as nações.
H8 - Analisar a ação dos estados nacionais no que se refere à dinâmica dos fluxos populacionais e no enfrentamento de problemas de ordem econômico-social.
H9 - Comparar o significado histórico-geográfico das organizações políticas e socioeconômicas em escala local, regional ou mundial.
H10 - Reconhecer a dinâmica da organização dos movimentos sociais e a importância da participação da coletividade na transformação da realidade histórico-geográfica.

Competência de área 3 - Compreender a produção e o papel histórico das instituições sociais, políticas e econômicas, associando-as aos diferentes grupos, conflitos e movimentos sociais.

H11 - Identificar registros de práticas de grupos sociais no tempo e no espaço.
H12 - Analisar o papel da justiça como instituição na organização das sociedades.
H13 - Analisar a atuação dos movimentos sociais que contribuíram para mudanças ou rupturas em processos de disputa pelo poder.
H14 - Comparar diferentes pontos de vista, presentes em textos analíticos e interpretativos, sobre situação ou fatos de natureza histórico-geográfica acerca das instituições sociais, políticas e econômicas.
H15 - Avaliar criticamente conflitos culturais, sociais, políticos, econômicos ou ambientais ao longo da história.

Competência de área 4 - Entender as transformações técnicas e tecnológicas e seu impacto nos processos de produção, no desenvolvimento do conhecimento e na vida social.

H16 - Identificar registros sobre o papel das técnicas e tecnologias na organização do trabalho e/ou da vida social.
H17 - Analisar fatores que explicam o impacto das novas tecnologias no processo de territorialização da produção.
H18 - Analisar diferentes processos de produção ou circulação de riquezas e suas implicações sócio-espaciais.
H19 - Reconhecer as transformações técnicas e tecnológicas que determinam as várias formas de uso e apropriação dos espaços rural e urbano.
H20 - Selecionar argumentos favoráveis ou contrários às modificações impostas pelas novas tecnologias à vida social e ao mundo do trabalho.

Competência de área 5 - Utilizar os conhecimentos históricos para compreender e valorizar os fundamentos da cidadania e da democracia, favorecendo uma atuação consciente do indivíduo na sociedade.

H21 - Identificar o papel dos meios de comunicação na construção da vida social.
H22 - Analisar as lutas sociais e conquistas obtidas no que se refere às mudanças nas legislações ou nas políticas públicas.
H23 - Analisar a importância dos valores éticos na estruturação política das sociedades.
H24 - Relacionar cidadania e democracia na organização das sociedades.
H25 – Identificar estratégias que promovam formas de inclusão social.

Competência de área 6 - Compreender a sociedade e a natureza, reconhecendo suas interações no espaço em diferentes contextos históricos e geográficos.

H26 - Identificar em fontes diversas o processo de ocupação dos meios físicos e as relações da vida humana com a paisagem.
H27 - Analisar de maneira crítica as interações da sociedade com o meio físico, levando em consideração aspectos históricos e(ou) geográficos.
H28 - Relacionar o uso das tecnologias com os impactos sócio-ambientais em diferentes contextos histórico-geográficos.
H29 - Reconhecer a função dos recursos naturais na produção do espaço geográfico, relacionando-os com as mudanças provocadas pelas ações humanas.
H30 - Avaliar as relações entre preservação e degradação da vida no planeta nas diferentes escalas.
Para baixar a matriz de referência do Enem completinha, clique aqui.

HABILIDADES E COMPETÊNCIAS DO ENEM

Conheça as competências e habilidades cobradas no Enem
Fonte: www.uol.com.br/educação (consulta em Fevereiro/2012)
Ana Okada
Em São Paulo

A avaliação é feita por critérios de competências e habilidades. De acordo com o MEC (Ministério da Educação), competências são as modalidades da inteligência que usamos para estabelecer relações entre o que desejamos conhecer. Já as habilidades são competências
adquiridas e estão ligadas ao "saber fazer".

Veja quais são as cinco competências cobradas, de acordo com elaboração do cursinho Henfil, de São Paulo:
I- Dominar linguagens;
II- compreender fenômenos;
III- enfrentar situações-problema;
IV- construir argumentações;
V- elaborar propostas de intervenção solidária.

Conheça as 21 habilidades do Enem:
1- Compreender e utilizar variáveis;
2- compreender e utilizar gráficos;
3- analisar dados estatísticos;
4- inter-relacionar linguagens;
5- contextualizar arte e literatura;
6- compreender as variantes linguísticas;
7- compreender a geração e o uso de energia;
8- compreender a utilização dos recursos naturais;
9- compreender a água e sua importância;
10- compreender as escalas de tempo;
11- compreender a diversidade da vida;
12- utilizar indicadores sociais;
13- compreender a importância da biodiversidade;
14- conhecer as formas geométricas;
15- utilizar noções de probabilidade;
16- compreender as causas e consequências da poluição ambiental;
17- entender processos e implicações da produção de energia;
18- valorizar a diversidade cultural;
19- compreender diferentes pontos de vista;
20- contextualizar processos históricos;
21- compreender dados históricos e geográficos.